Matéria questiona proibição de cessão de medicamentos para pacientes com convênio
Na tribuna, vereador Taís Comandini discursa sobre seu requerimento
Vereadora Taís Comandini fez o requerimento após observar a necessidade da população
A vereadora Taís Comandini (Progressistas) apresentou, na sessão ordinária de segunda-feira (27/01), o Requerimento nº 14/2025, solicitando informações sobre a proibição de fornecimento de medicamentos pela Farmácia Municipal para pacientes que possuem convênios particulares.
“Eu fiz esse requerimento a respeito das medicações porque vejo a necessidade da população. Muitos têm convênio por conta da empresa onde trabalham ou os pais têm porque os filhos pagam e eu vejo muitas pessoas carentes que têm convênio, mas não conseguem pegar medicação”, explicou Taís Comandini.
Como não conseguem retirar o medicamento na Farmácia Municipal com a receita do convênio, esses pacientes acabam solicitando consulta no SUS. “Com isso, aumenta a demanda do SUS para os pacientes trocarem as receitas e conseguirem retirar o medicamento. Eu fiz uma pesquisa e não encontrei nenhuma lei federal, estadual ou municipal que impedisse o fornecimento.”
Para finalizar, a vereadora disse que essa demanda tem sido uma reclamação constante da população. “Esse requerimento é sobre essa demanda de pedidos que estão chegando até mim pela falta de medicação, muitas pessoas não estão conseguindo fazer os tratamentos porque também não conseguem a consulta pelo SUS. Então, acredito que seja muito importante para a população que essa proibição seja revista”, concluiu.
Além da vereadora, também falaram sobre o assunto os vereadores Ismael da Silva (Progressistas), Priscila Franco (PSDB), Renato Rosa (Republicanos) e Élcio Arruda (MDB). O vereador Ismael da Silva comentou sobre o caso de uma munícipe em que ele pagou a consulta particular e agora ela não consegue fazer a retirada dos remédios. “É um assunto que nós devemos sentar e conversar com a Assistência Social, que faz um mega trabalho no município, porque não podemos negar esses medicamentos.”
Já Priscila Franco contou que diariamente as pessoas a procuram na unidade de saúde para trocar a receita. “E se ela tiver que esperar, por exemplo, três dias para a consulta, ela continuará doente por esses três dias para trocar a receita porque não tem condições de comprar a medicação”, comentou dizendo que fez um anteprojeto a esse respeito que está em tramitação na Câmara Municipal.
O vereador Renato Rosa relatou sobre sua experiência na Farmácia Municipal e disse essa ser uma demanda de anos. “Nos dois mandatos anteriores foi uma briga que eu tive com o Executivo Municipal, mas não obtivemos êxito. Antes, inclusive no governo da hoje vereadora Renata Braga, essas receitas eram aceitas. Eles nos comunicaram por e-mail que não deveríamos mais aceitar, então isso pode ser desfeito por meio de um e-mail também”, afirmou detalhando que, em breve, deve ter boas notícias sobre o assunto.
O último vereador a falar sobre tema foi Élcio Arruda. “Foram vários requerimentos, reuniões, pedidos à administração passada para que se resolvesse esse problema. É um absurdo essa situação. O investimento em saúde tem que ser pesado, sempre mais, mais e mais porque a nossa população realmente carece. Vamos fazer uma união de esforços entre Câmara e Prefeitura Municipal para que possamos resolver esse problema”, concluiu afirmando que os vereadores têm encaminhado emendas para a compra de medicamentos.
O requerimento foi aprovado por unanimidade e será encaminhado para que o Executivo Municipal responda dentro do prazo regimental.
Por Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal de Porto Ferreira