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Matéria questiona proibição de cessão de medicamentos para pacientes com convênio

Matéria questiona proibição de cessão de medicamentos para pacientes com convênio
30
JAN

Na tribuna, vereador Taís Comandini discursa sobre seu requerimento

Vereadora Taís Comandini fez o requerimento após observar a necessidade da população

A vereadora Taís Comandini (Progressistas) apresentou, na sessão ordinária de segunda-feira (27/01), o Requerimento nº 14/2025, solicitando informações sobre a proibição de fornecimento de medicamentos pela Farmácia Municipal para pacientes que possuem convênios particulares.

“Eu fiz esse requerimento a respeito das medicações porque vejo a necessidade da população. Muitos têm convênio por conta da empresa onde trabalham ou os pais têm porque os filhos pagam e eu vejo muitas pessoas carentes que têm convênio, mas não conseguem pegar medicação”, explicou Taís Comandini.

Como não conseguem retirar o medicamento na Farmácia Municipal com a receita do convênio, esses pacientes acabam solicitando consulta no SUS. “Com isso, aumenta a demanda do SUS para os pacientes trocarem as receitas e conseguirem retirar o medicamento. Eu fiz uma pesquisa e não encontrei nenhuma lei federal, estadual ou municipal que impedisse o fornecimento.”

Para finalizar, a vereadora disse que essa demanda tem sido uma reclamação constante da população. “Esse requerimento é sobre essa demanda de pedidos que estão chegando até mim pela falta de medicação, muitas pessoas não estão conseguindo fazer os tratamentos porque também não conseguem a consulta pelo SUS. Então, acredito que seja muito importante para a população que essa proibição seja revista”, concluiu.

Além da vereadora, também falaram sobre o assunto os vereadores Ismael da Silva (Progressistas), Priscila Franco (PSDB), Renato Rosa (Republicanos) e Élcio Arruda (MDB). O vereador Ismael da Silva comentou sobre o caso de uma munícipe em que ele pagou a consulta particular e agora ela não consegue fazer a retirada dos remédios. “É um assunto que nós devemos sentar e conversar com a Assistência Social, que faz um mega trabalho no município, porque não podemos negar esses medicamentos.”

Já Priscila Franco contou que diariamente as pessoas a procuram na unidade de saúde para trocar a receita. “E se ela tiver que esperar, por exemplo, três dias para a consulta, ela continuará doente por esses três dias para trocar a receita porque não tem condições de comprar a medicação”, comentou dizendo que fez um anteprojeto a esse respeito que está em tramitação na Câmara Municipal.

O vereador Renato Rosa relatou sobre sua experiência na Farmácia Municipal e disse essa ser uma demanda de anos. “Nos dois mandatos anteriores foi uma briga que eu tive com o Executivo Municipal, mas não obtivemos êxito. Antes, inclusive no governo da hoje vereadora Renata Braga, essas receitas eram aceitas. Eles nos comunicaram por e-mail que não deveríamos mais aceitar, então isso pode ser desfeito por meio de um e-mail também”, afirmou detalhando que, em breve, deve ter boas notícias sobre o assunto.  

O último vereador a falar sobre tema foi Élcio Arruda. “Foram vários requerimentos, reuniões, pedidos à administração passada para que se resolvesse esse problema. É um absurdo essa situação. O investimento em saúde tem que ser pesado, sempre mais, mais e mais porque a nossa população realmente carece. Vamos fazer uma união de esforços entre Câmara e Prefeitura Municipal para que possamos resolver esse problema”, concluiu afirmando que os vereadores têm encaminhado emendas para a compra de medicamentos.

O requerimento foi aprovado por unanimidade e será encaminhado para que o Executivo Municipal responda dentro do prazo regimental.

Por Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal de Porto Ferreira